terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O Parto: uma Nova Consciência

Vai hoje novamente para o ar mais uma rubrica da creatingBirth, sob o tema "Parto: uma nova consciência", desta vez com a presença de António Ferreira, enfermeiro obstetra do Hospital de Coimbra. Pelas 19h, na Sic Mulher no programa Mais Mulher, e novamente quinta-feira, às 11h! Em alternativa também pode ver aqui.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Preparação e Desenvolvimento Pessoal para o Parto e Maternidade

Para quem não teve oportunidade de ver, aqui está on-line a última rubrica da creatingBirth na Sic Mulher, sobre Preparação e Desenvolvimento Pessoal para o Parto e Maternidade. [Atenção, no blog do Mais mulher é o 2º vídeo]

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Humanizar o Parto


Para quem não teve a oportunidade de ver, aqui está o link para a 1ª rubrica da creatingBirth no programa "Mais Mulher", on-line: Humanizar o Parto.
O melhor das Mães!

CASA DAS MÃES

Pediram-me que publicasse esta mensagem, leiam e ajudem com um click!

Actualmente, mães e bebés vivem os meses pós-parto em quase total isolamento, sem acesso a informações tão importantes como a manutenção da amamentação, como evitar a depressão pós-parto, entre outras. Não existem espaços de partilha entre mães nem apoios não médicos que estejam disponíveis nesta fase. Paralelamente, mães e bebés pequenos vivem diariamente com falta de espaços adequados onde não existam dejectos de cães e outros perigos. A nossa proposta é a de criação de uma casa-jardim que receba as mães e bebés da cidade e que seja catalisadora das instituições da sociedade civil que actuam nesta área.



Necessitamos de ti para construir A Casa das Mães!


Basta fazer o registo em http://www.cm-lisboa.pt/op/?action=19&fenviar=1&fkword=maes&farea=AS&ffreguesia=54 e votar na "Casa destinada a Mães"(Pós-parto).
Divulga este projecto e, até 31 de Outubro, vota para que seja uma das propostas aprovadas no Orçamento participativo da CML
No Orçamento Participativo de Lisboa (OP) ganham os projectos com mais votos.


Vais ajudar a construir este casa?


Temos perfil no facebook: http://www.facebook.com/


e blog: http://casadasmaes.blogspot.com/


Divulga e vota!!!


O nosso Nº Registo de Voto é o 2978, e o teu?


Saudações Maternas




Cátia Maciel

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CreatingBirth inicia Ciclo de Rubricas na Sic Mulher


É já amanhã, dia 26 que a creatingBirth inicia um ciclo de rubricas no programa Mais Mulher, da Sic Mulher. Chamar-se-á o Melhor das Mães e vai passar entre as 19h e as 20h, últimas 3ª-feiras do mês. Vamos falar sobre gravidez, parto e maternidade, ou melhor, sobre as melhores escolhas e o que de melhor as mulheres podem eleger para uma maternidade inspirada, consciente e gratificante.

Justamente, maternidade consciente e parto humanizado será o tema de amanhã, em jeito de introdução. Quanto ao desenvolvimento, gostava que este fosse também um espaço vosso, de todos, por isso sugiram temas e ideias que gostassem e achassem pertinentes ver debatidos! Até amanhã.









  

terça-feira, 19 de outubro de 2010

LABYRINTH OF BIRTH ********************** Creating a Map, Meditations and Rituals for your Childbearing Year

É com muito prazer que vos dou a conhecer o novo livro editado pela  Birthing From Within, mais uma vez da Pam England. Labyrinth of Birth é uma fonte de inspiração para todas as mães que queiram entrar em contacto consigo próprias e trilhar a sua iniciação ao parto e à maternidade, com entrega e consciência. Mapas, rituais e meditações levam-nos a crescer e transformar, não em linha recta, como as que se apresentam no gráfico de parto, mas em linhas circulares e retorcidas, com avanços, recuos e descobertas, ao próprio ritmo de cada uma.
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"O Labirinto é um símbolo antigo e universal e que representa a nossa jornada através da vida, desafios e transições. O seu caminho único e retorcido começa na abertura que vai dar directamente ao centro e volta para fora. A jornada para dentro do centro do labirinto simboliza o deixar ir e a morte (psíquica ou física), e a jornada de dentro para fora do labirinto representa o nascimento e o renascer. Andar ou traçar com o dedo um labirinto invoca a sensação de andar para dentro e para fora, talvez recordando-nos a nossa primeira jornada, do corpo da nossa mãe para o mundo."

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"O Laborinth é um símbolo da experiência interna do parto na mulher. O deambulante labirinto oferece uma alternativa superior para compreender o parto e os seus estágios. O próprio caminho do labirinto leva-nos por si proprio para dentro e para fora. O mesmo acontece quando as águas rebentam e as contrações começam. Não há nada a planear, a pensar ou fazer, a não ser caminhar, colocando um pé em frente do outro, com confiança, uma contração de cada vez. Por vezes sentirás que voltaste ao ponto de partida, ou que não estás a fazer progressos nem a ir a lado nenhum; muitas vezes sentirte-ás perdida porque quando estás no labor(inth) não te apercebes de quão longe chegaste, ou quão perto estás de dar à luz. Simplesmente tens de confiar e caminhar até ao centro, onde encontrarás o teu bebé, e depois fazer o caminho de volta para fora, pois onde termina a linha do gráfico de parto (no nascimento), o labirinto ilustra o continuum da jornada física, espiritual e social da mãe ao longo do seu primeiro ano de maternidade."




                                                                                                                                   Pam England

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A partir de hoje e até Domingo, dia 19 de Setembro podem encontrar-nos no V Encontro de Alternativas em Sintra, S.Pedro de Penaferrim. Apareçam!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A Importância de Preparar para o Nascimento

 
Sobre a importância da preparação para o parto nos dias que correm, um excerto de um intereressante texto do Dr.Emílio Santos, obstetra espanhol, percursosr do parto natural e na água com clínica em Madrid.



“O corpo da mulher está construído para parir de forma natural, foi desenhado ao longo de centenas de milhares de anos para o fazer, e uma mulher que se permita confiar no seu corpo e nos seus próprios ritmos é um ser poderoso. Parir de forma natural é o melhor para a mãe e bebé.



Porém, hoje em dia na nossa sociedade, desde tenra idade que as mulheres aprenderam a não ouvir nem confiar nos seus instintos, e muito menos imaginar que dar à luz pode ser um momento gratificante. Por isso, a maioria das mulheres precisa de uma preparação para o parto, pois não estão adequadamente preparadas para ele.
Precisam reaprender as habilidades que lhes permitam dar à luz por si próprias – basicamente a habilidade de escutar e confiar no seu corpo e de serem elas próprias a guiar o  seu proprio parto.


Muitas mulheres buscam um parto digno e natural. Porém a maior parte não está preparadas física, emocional e psicologicamente para um parto de baixa intervenção nem para a possibilidade de complicações. São muitas vezes mulheres ques idealizaram um tipo de parto e acabam tomando a epidural porque não estão preparadas para o processo, por vezes tão longo e tão duro, ou terminam na indução porque não têm contracções.
Pensam que ler como preparação é suficiente.



As mulheres estão de facto capacitadas para parir, porém  têm de desaprender primeiro o que a nossa cultura e repressão social transmite erroneamente sobre o parto.
É necessario fazer uma preparação porque não conhecemos e não estamos conectadas com os nossos corpos, e temos muitos medos que vão aflorar no momento do parto.
E dificultá-lo.



Hoje em dia, o parto natural não é o parto das nossas mães, medicalizado mas sem epidural, em muitos casos um parto com dor e sofrimento.
Nem sequer é o parto das nossas avós nem tetravós, não medicalizado porém, obstruído por conceitos éticos que as obrigavam a estar numa cama tapadas de cima abaixo também com dor e sofrimento. Este tipo de parto não é o natural e já passou à história, na realidade há milenios que o parto deixou de ser natural.



O parto natural é uma experiência que incrementa a auto-estima e a auto-confiança. É uma experiência que a mulher desfrutará de recordar uma e outra vez, desfrutará de contar às suas amigas e familiares. Um parto natural é descobrir em si mesma uma potência que nunca suspeitou que poderia ter!

O parto é uma viajem, uma transição, uma travessia que num dado momento cada mulher deve realizar sozinha.
Por muito acompanhada e apoiada que esteja, há sempre um ponto em que és tu e a tua dor, tu frente aos teus medos, tu frente à tua vontade de escapar, tu frente à tua dificuldade em deixar-te levar, para deixar de controlar, para abandonar-te e confiar.



Sim, o parto é uma iniciação interna. Se o vives verdadeiramente e o compreendes, a aprendizagem servir-te-á para toda a vida, para todas as crises, pois como na vida as contracções sempre vão e veêm... 



As mulheres deviam ouvir outros relatos de parto e estar preparadas para saber que haverá um momento crítico no parto, em que os seus medos saírão e que devem pensar de antemão como os enfrentar então e que tipo de ajuda sentem que funcionará nessa altura. Preparar-se.
Para mim, o parto é como uma dura ascensão de alta montanha, pelo menos o primeiro, porque é então que deixamos de ser filhas para ser mães, é uma transição imensa!
E por tudo isso, o livro que mais gosto e que faz diferença na preparação para o parto é BIRTHING FROM WITHIN, dar à luz a partir de dentro(...)”










quarta-feira, 14 de julho de 2010

Birthing From Within e Gentle Birth Method

São duas filosofias que me inspiram, que aprendi e cujas abordagens utilizo com mães e grávidas, no desenvolvimento pessoal para o parto e maternidade.

BIRTHING FROM  WITHIN

Criado por Pam England, uma parteira norte-americana depois do nascimento do seu primeiro filho por cesareana, é uma abordagem holística no sentido que integra a mãe na sua nova dimensão física, psíquica, mental e social.
Mais do que a assimilação de informação obstétrica indiferenciada, a essência desta preparação é a capacidade de conexão interna da mãe consigo própria.
Uma vez centrada em si, poderá explorar as suas expectativas e também os seus medos em relação ao parto e ao nascimento,  formulando então uma preparação personalizada e identificando recursos pessoais capazes de lhe devolverem a auto-confiança, segurança e harmonia pessoais.
Utilizando técnicas de meditação, relaxamento, trabalho com a dor e arteterapia este método traz-nos consciência, poder pessoal e incentiva-nos a tomar a responsabilidade activa na nossa gravidez, parto e maternidade. É verdadeiramente dar à luz, a partir de dentro!



GENTLE  BIRTH  METHOD


O método para um parto suave foi formulado pela Drª Gowri Motha, uma obstetra de origem indiana que há mais de 20 anos tem vindo a explorar alternativas à pratica da obstetrícia convencional nos hospitais londrinos, onde foi também pioneira no parto dentro de água.
O seu programa de preparação centra novamente a mulher nela própria, estimulando a parteira interior dentro de cada uma de nós e permitindo que a maternidade floresça.
A sua abordagem é mais concreta e firmemente direccionada para os objectivos, actuando quase como um coaching para a gravidez. Os seus três pilares basilares consistem em:
Remover o medo, responsável pela ansiedade e grande parte das dificuldades sentidas durante o parto
Conhecer o processo pelo qual vai passar e progamar-se para ele diminuia ansiedade do desconhecido;
Construir a confiança aumenta a capacidade emocional para enfrentar o trabalho de parto e lidar com a dor.
As técnicas de visualização e PNL (programação neurolinguistica) desempenham neste sentido um papel muito importante. Com uma componente mais física o método combina também a alimentação e algumas terapias complementares como a reflexologia, homeopatia e tecnicas especificas de massagem.


Alguns princípios que partilhamos:

O nascimento é um profundo rito de passagem para uma nova forma de vida, não um evento médico, mesmo quando ele faz parte do parto.

A preparação infunde calma, confiança e controle.

As mulheres devem preparar-se para o nascimento não só com a mente e o corpo, mas também com a alma .e o coração

Construir a confiança, a atitude e a determinação são a chave para um parto bem sucedido.

É essencial a mãe aprender a trazer à consciência os medos e resistências, transformando-os em soluções perfeitamente confortáveis.

Previligiar o contacto da mãe consigo própria e o fortalecimento da sua confiança, mais do que a transmissão de informação obstétrica.

O parto não é um fim em si, mas o início de uma nova forma de vida e de uma nova identidade.

É essencial preparar o pós-parto e oferecer suporte físico e emocional aos recém-pais para que possam sentir-se seguros e confiantes para cuidar do seu bebé de forma tranquila.

A creatingBirth é um projecto inspirado nas linhas gerais destes dois programas, porém não se concentrando exclusivamente na gravidez e parto, pois estes não são um fim em si, mas incentivando as futuras mães a reflectirem e prepararem a transição para a maternidade.
Para saber mais,  vê as páginas em cima.


segunda-feira, 21 de junho de 2010

21 Junho 2010

Queridas amigas e amigos, nasce hoje dia 21 de Junho o blog da creatingBirth no primeiro dia do Verão! Entre as energias de Gémeos e Caranguejo, para bem vos informar sobre o mundo lunar..
Mas mais do que informar, conto que ele possa sobretudo inspirar e apoiar mulheres, grávidas e mães para maternidades mais conscientes e gratificantes!
Em breve, o primeiro artigo..



Geografia de um Parto

Um texto básico, sobre um tema basico: onde afinal, no nosso corpo, acontece o parto?

Uma reconhecida parteira mexicana tem uma expressão fabulosa, diz que“ o parto acontece entre as orelhas”!

E não poderia ter escolhido melhor imagem para dizer que o parto acontece na cabeça.. e eu acrescentaria, também no coração. E só depois no corpo.
Como assim? Vou contar-vos a história da dança das hormonas..

Entre outros insondáveis motivos, o trabalho de parto é desencadeado por endorfinas. São estas hormonas que dão ordem ao hipotálamo da mãe para que se liberte occitocina, a hormona que faz o parto acontecer. Então, também da placenta se libertam mais hormonas que induzem à transformação dos tecidos do colo do útero, assegurando o seu relaxamento e abertura.

Esta verdadeira explosão de hormonas flui particularmente bem quando o sistema nervoso parassimpático (cujos neurónios se encontram na cabeça e espinal medula!) se encontra activo. Este é o sistema que permite ao organismo dar respostas quando em situações de calma e relaxamento.
Assim, num estado de calma e descontracção a mãe beneficiará da libertação de quantidades óptimas de hormonas benéficas para os tecidos vaginais, amaciando-os e fazendo com que a dilatação do colo do útero se dê de forma mais rápida, suave e eficiente!

Para que o trabalho prossiga em bom ritmo é imprescindível manter afastados o medo e ansiedade tanto quanto possível – estes são os maiores inimigos do parto. Fazem com que o corpo liberte adrenalina, que estimula a fuga e a luta, anulando o efeito da occitocina: perante uma sensação de perigo, esta tem um efeito constritor sobre o corpo, provocando o aperto dos músculos e impedindo o colo do útero de dilatar ou o próprio útero de contrair de forma eficaz. Sobrevindo daí mais dor ou mesmo o bloqueio do trabalho de parto.

Então, preparar para o parto significa apenas afastar a turbulência provocada pela ansiedade e manter tanto quanto possível um estado de confiança e harmonia. O corpo poderá então prosseguir com o seu trabalho de forma mais ou menos suave e eficiente. (nos casos de gravidezes regulares, claro)

É claro que nem sempre é fácil. No mundo animal todas as fêmeas o fazem naturalmente, refugiando-se num lugar seguro e reservado, permanecendo relaxadas e respirando profundamente. Mas para nós, mulheres ocidentais, com anos e anos de cultura de medo do parto e outras inseguranças, isto pode ser um desafio. Ou não.
É possível então explorar formas especificas de eliminar as ansiedades e trabalhar o medo da dor, e em contrapartida, aprender a construir e manter ao longo da gravidez e do trabalho de parto um sentimento de tranquilidade e segurança.
E isto significa trabalhar não só com a mente, mas também com o coração. E apesar de não irmos correr uma maratona, um corpo minimamente bem descongestionado e sobretudo sem retenção de líquidos ou gordura em excesso que possa dificultar o movimento dos tecidos, também ajuda. O resto, é com as hormonas!